Em meio a pandemia atual, devido ao novo Coronavírus, tivemos uma terceira queda na Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), através do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central).
É a segunda baixa durante esta pandemia, chegando ao percentual de 3%, com o corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros.
Esta redução já era esperada, mas em percentual bem menor, mais singelo, o que surpreendeu um pouco o mercado.
A realidade se mostra necessária para que se busque um controle do carro desenfreado que é o colapso econômico, que assola toda a economia, não só brasileira, mas mundial.
Sendo a sétima queda na taxa Selic, consecutivamente, o que provavelmente irá registrar, pela primeira vez em toda a história registrada, uma margem de juros real negativa.
Sendo a Taxa Selic, tida como a taxa base de nossa economia, uma queda neste sentido traz ponderações e busca de oportunidades, bem como a necessidade de uma mutação na forma de setores agirem.
Para os empresários, existe uma possibilidade de queda de juros dos bancos, referente a empréstimos, posto que os bancos atuam com juros maiores do que a Selic, mas a sua queda, provavelmente fará com que os juros também possam abaixar.
A queda dos juros dos bancos, porém, não está simplesmente ligada a taxa Selic, mas também inclui o fator, custo aos financeiros, para a recuperação de crédito, o quanto as instituições financeiras irão gastar, para recuperar os valores ofertados ao mercado, fator inteiramente ligado a segurança de recebimento, adimplemento por parte dos financiados.
O colapso econômico, deixa que muitas instituições financeiras fiquem receosas com a questão da recuperação de crédito, colocando em cheque o incentivo a oferta de crédito, a juros menores.
Mas a existência deste receio não é fator finalizador, posto que ao mesmo tempo que as instituições apresentam receios, medo do inadimplemento, o governo apresenta medidas de liberação de crédito, para que a taxa de adimplemento se mantenha ativa, permitindo o giro econômico, e a manutenção das responsabilidade de diversas empresas que se socorrem destas medias.
Quanto aos investidores, estes que buscam aplicar seus valores em títulos do governo, como dívida ativa, CDI, Tesouro Direto, estes perdem com a baixa da Selic, pois está que anteriormente batia os seus 4,5%, era fator crucial para a boa rentabilidade desta gama de títulos, de investimentos, assim, obriga que este setor, use de uma maior tenacidade, para poder varia de forma correta, ao momento, por conta da baixa rentabilidade atual destes títulos.
No Brasil, existem hoje quase 7 trilhões de reais em títulos de renda fixa, incluindo quase 1 trilhão de reais só em poupança. Só neste ano de 2020, mesmo com a bolsa caindo 30% em reais e 50% em dólares, nós temos visto as pessoas físicas, os investidores individuais, comprando mais renda variável, usando esse cenário de preços menores para aumentar a exposição de renda variável.
Sabemos que a economia brasileira não se salvará por conta da baixa da Taxa Selic, posto que esta baixa é ação que busca remediar o atual senário e nosso país, atualmente e historicamente, tem, sua maior força nas commodities, e não no mercado industrial.
E com essa realidade, onde o Brasil, tem sua maior base econômica na produção e exportação de commodities, e não tem força na produção industrial, pois em nossas fábricas, montamos equipamentos, mas não os produzimos, os importamos, sendo assim, estamos mais presos ao valor do dólar do que a própria variação de juros.
O atual cambiamento do dólar americano, a incríveis R$ 5,92, batendo patamares totalmente elevados, derivado de diversos fatores, como o fechamento econômico dos EUA anteriormente, a falta de movimentação econômica de alguns setores e a atual pandemia, gera um maior risco ao atual cenário.
Especialistas, hoje, já visualizam uma possibilidade de a Taxa Selic chegar a incríveis 2% este ano, dada a realidade atual em que vivemos. Apenas esta mudança não trará grandes resultados, mas em uma somatória de ações e reações, traz a existência de uma oportunidade ao setor empresarial, na busca de novas linhas de créditos a juros baixos, impedindo a banca roca e em alguns casos possibilitando até a novas posições econômicas de eventuais empresas.
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Paulo Neves
Advogado, CEO e Sócio Fundador do escritório Paulo Neves Advocacia, profissional com anos de experiência, conhecimento jurídico e administrativo, Especialista em Direito Empresarial e imobiliário. Atuante e responsável pelas áreas Comercial e Empresarial, Mercado de Capitais, Tributário e Aduaneiro, Fraude, Ambiental, Bancário, Financeiro e Penal Empresarial.
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